31 de dez. de 2011

Bagagens














.

.
.
.
Ela acreditava ter tudo o que precisava. Sobregarregada de emoções que ajuntou o ano inteiro, não tinha certeza da quantidade de tranqueiras que possuía e de quanto peso a mais tinha sobre si. Mas, como todo final de ano é tempo de fazer as contas e pesar erros e acertos, quis - com sinceridade, abrir suas reservas para ter certeza se levaria todas aquelas lembranças adiante.
.
As vezes ajuntamos e guardamos a sete chaves os sentimentos mais pobres e superficiais e as virtudes que temos nem sempre conservamos ou valorizamos como deve ser. É sempre bom pesar o que realmente constrói e nos torna melhores...
.
Não demorou para descobrir que muito do que levava consigo não deveria - jamais - ter feito parte de sua vida. E que, se quisesse ser melhor não poderia levar tudo aquilo. Uma bagagem bastaria. Ela entendeu que muitas vezes as emoções traem e atrapalham os sentidos. Por isso decidiu que não levaria aquelas mágoas na bagagem. Mas levaria muita alegria, esperança e entusiasmo junto a outras coisas boas e coloridas que fazem a vida mais feliz. Com a graça de Deus.
.
Polyana Zavariz

Nenhum comentário: