16 de jul. de 2011

Tarde Te amei!















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Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!



Tarde demais eu te amei!


Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!


Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.


Estavas comigo, mas eu não estava contigo.


Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.


Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.


Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.


Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti.


Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz.






(Confissões - Santo Agostinho)

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